quinta-feira, 8 de dezembro de 2016


A Ascensão do Terrorismo na Europa

Carlos Henrique
Deyse Santos
Emille Santos
Eriel Barros
Geovanna Chaves
Karolina Raniely
Tamillis Gadelha

Resumo: Este artigo tem como objetivo abordar a ascensão do terrorismo na Europa, principalmente o Estado Islâmico que atualmente é o maior grupo terrorista do mundo, e que vem atemorizando o mundo com suas práticas violentas.


Palavras-Chave: Terrorismo, Europa, Al Qaeda, Estado Islâmico.

          ISIS, sigla em inglês de “Estado Islâmico do Iraque e da Síria”, grupo terrorista, o qual hoje é conhecido apenas como “Estado Islâmico”. Este grupo de extremistas, de organização jihadista, vem aterrorizando o mundo com suas práticas e ideologia. Durante a Guerra Soviética no Afeganistão, que durou cerca de dez anos, a MAK buscava instalar um estado islâmico, onde além de apoio financeiro, também recebiam armamentos dos Estados Unidos.

          O famigerado Osama Bin Laden, que fazia parte da MAK, foi o fundador da “Al Qaeda” e principal colaborador deste grupo terrorista. Após findar-se a guerra, Osama voltou para a Arábia Saudita oferecendo seus serviços para proteger o exército iraquiano, porém, a proposta veio a ser recusada dando espaço para os Estados Unidos montar acampamento para as suas tropas. Osama enxergou a situação como um insulto, acreditando que a presença de estrangeiros viria a profanar a terra sagrada. Ao se pôr contra os norte-americanos, estes iniciaram práticas intervencionistas, que anos depois teria como consequência o ataque as Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001.

          Após dois anos do atentado as Torres Gêmeas, o Iraque se encontrava em uma crise política; Abu Musab al Zaraqawi, acreditava que poderia estabelecer um Estado Islâmico, vindo a gerar uma ramificação da Al Qaeda com os mesmos princípios, porém, vindo a ser ainda mais violentos e radicais para a Al Qaeda, o que levou a uma separação das organizações. Entretanto, em 2006, após a morte de Zarqawi, por duas bombas lançadas por um avião americano, a organização passou a ser liderada por Abu Bark al-Baghdadi; passando a ser chamada de “Estado Islâmico no Iraque e no Levante” após alguns anos com Abu Bark na liderança. Em no de orientação xiita contra os sunitas, porém, só em 2014 que veio realmente a acontecer um grande golpe onde alcançaram o controle de Mosul. Meses depois a organização já havia alcançado várias cidades, vindo a criar um califado — o qual havia permanecido extinto desde 1924 — mudando o seu nome apenas para “Estado Islâmico”.

          Os povos árabes saem de seus países de origem no intuito de fugir da guerra civil, guerra essa que lhes tirou família, casa, paz e principalmente a expectativa de vida, sem falar da fome que eles vêm enfrentando diariamente. Eles arriscam suas vidas para entrarem nos Estados Unidos e países da Europa, pois esses são os principais destinos dos imigrantes em busca de sobrevivência e consequentemente uma melhor qualidade de vida. Esse desejo de chegar aos Estados Unidos ou na Europa se dar graças à imagem que o ocidente passa para o oriente, essa imagem é de que os países do ocidente são sinônimos de liberdade, democracia e igualdade, mas a verdade é que quando esses imigrantes árabes tentam entrar nos Estados Unidos ou países europeus, são surpreendidos por barreiras criadas pelo Estado que querem evitar a entrada indesejada desses indivíduos em suas nações.

          São diversas as medidas que o Estado toma para tentar evitar a entrada dos imigrantes, dentre essas medidas destaca-se a criação de muros, cercas de proteção, a violência da policia, câmeras de vigilância na fronteiras, entre outras. Os Estados Unidos e países europeus vê esses imigrantes como ‘pragas humanas’’, ‘’maldição’’ ou ‘’a desgraça do país’’, pois eles temem o terrorismo, temem que esses imigrantes que entrarem no país roubem seus empregos e até mesmo temem que esses imigrantes não retornem mais para seus países de origem, sendo assim eles preferem de toda maneira evitar a entrada de imigrantes em suas nações.

          A ação da ONU é acabar com a ideia do terrorista, não com armas e sim com suas ideias de melhorar a visão mostrando que cada morte não vale a pena. A ONU tentou entrar em um acordo fazendo uma barreira para que esses povos não viesse a invadir o estado e não roubar as suas armas, como armas nucleares. A ONU em sua luta estava sempre garantindo a segurança da humanidade. A ação da ONU foi tentar fazer uma promessa difícil de se cumprir que é promover a lei em uma cultura de paz mudando para uma conversa de pessoas e povos de diferentes fés. Se esse grupo entrasse em um acordo esse terrorismo acabaria por causa da indiferença esse grupo invade países com a falsificação de passaportes. A ONU tenta fazer uma colocação mais as nações foram incapazes de entra em um acordo de como seria melhor constituir o terrorismo.  Há alguns anos a União Europeia, preocupados com o crescimento do terrorismo, vem buscando medidas para combater tais ações. Desde 2005 foi adotada a "estratégia antiterrorista da UE", tendo com bases principais:

• Prevenir: é necessário reconhecer e lutar contra procedimentos de recrutamento de pessoas, para o impedir que aliem-se as práticas terroristas.
• Proteger: é imprescindível a proteção dos cidadãos. Sendo assim, aumentando a segurança, principalmente, em fronteiras, alvos estratégicos, infraestruturas críticas e transportes.
• Perseguir: lutar contra o financiamento dos grupos terroristas e priva-lis dos métodos dos quais venham utilizar para se comunicarem. Dessa forma, a UE busca fortalecer a capacidade nacional.
• Responder: as ações terroristas acabam por deixar consequências, entre as estratégias a UE busca minimizar essas consequências após os atos.

Porém, para o combate ao terrorismo a União Europeia busca a cooperação não só de outros países, como também organizações regionais e internacionais para este combate contra o terrorismo. Os Estados Unidos, ONU e Fórum Mundial, são exemplos de colaboração da União Europeia.

          Na persistência de entrar nessas nações refugiados ficam frequentemente no meio do caminho, pois seus barcos precários não são capazes de cumprir a rota, ou seja, o que faz com que muitos desses refugiados morram afogados no mar mediterrâneo e outro deles ao passar pelo sol escaldante do deserto com sede não resistam, sem falar na exploração que eles enfrentam por aqueles que os transporta clandestina e perigosamente. Quando esses refugiados têm a sorte de chegar até destino desejado, se inserindo assim por completo nos Estados Unidos ou na Europa são tratados de maneira desigual, ou seja, tem uma vida completamente o contrário do que sonhava e imaginava.

          O principal ponto de desigualdade envolvendo esses refugiados que vivem nos Estados Unidos e na Europa é em relação à situação econômica desses indivíduos, pois eles geralmente são utilizados como mão de obra barata. Por se encontrarem em uma nação com modo de vida completamente diferente da sua, eles se submetem a aceitar os diversos tipos de trabalhos que aparece, onde muitas vezes esses trabalhos são considerados duros e até mesmo escravo.

          É importante ressaltar que a xenofobia em relação a esses imigrantes é muito forte, inclusive o cenário escolar representa perfeitamente a discriminação, pois na escola as crianças árabes sofrem bullyng em relação ao véu, criticadas pelas roupas que usam, principalmente as meninas e o modo que se comportam, já que para muitos dos pais deixarem o país de origem não significa deixar sua cultura, sua religião e seus costumes. No ano de 2010 a França proibiu que a burca fosse usada em lugares públicos franceses, os casos de discriminação em relação ao povo islâmico na França cresceram absurdamente; as  mulheres que desrespeitassem a lei cumpririam prisão com pena de um ano e os homens que impor-se a mulher a usar a burca ou niqab eram obrigados a pagar 35 mil euros em forma de punição. Essa situação além de atingir a religião e a cultura desses muçulmanos, acaba afetando também a vida social deles, sendo assim, excluídos socialmente por conta de seus costumes. Essa exclusão social de alguma maneira acaba colaborando para o aumento dos casos de atentados terroristas nos Estados Unidos e países europeus, pois é perceptível o aumento das ações terroristas em países como Espanha, Estados Unidos, França, dentre outros. Esse aumento significativo entre o ano de 2015 e 2016, destaca-se alguns casos que chocou o mundo, como por exemplo:

          • 13 de novembro de 2015: Uma sequência de atentados terroristas em Paris e Saint-Denis, na França. As ações resumiram-se em fuzilamento, autoextermínio, sem falar nas pessoas que ficaram sobre o domínio dos terroristas. No total, os membros do Estado Islâmico cometeram três explosões distintas e seis fuzilamentos em massa, envolvendo bombardeios próximos ao Stade de France. O ataque onde mais deixaram mortos foi na casa de espetáculos Bataclan, local onde os terroristas executaram inúmeras pessoas e outras foram feitas de reféns. Esse atentado terrorista de 13 de novembro de 2015 deixou 130 mortos e mais de 350 feridos.
          • 22 de março de 2016: Atentados terroristas em Bruxelas na Bélgica. Foi ação terrorista de autoextermínio, que aconteceu no aeroporto e no metropolitano da cidade de Bruxelas, deixando 35 mortos, evolvendo 3 bombistas-suicidas, e outras 300 pessoas feridas.
          • 12 de junho de 2016: Massacre de Orlando, Flórida, Estados Unidos. Omar Mateen, de 29 anos entrou na boate LGBT e tomou pessoas como reféns logo após começou a atirar, deixando 50 mortos e ferindo 53. Omar morreu na troca de tiro com a polícia. Esse foi considerado o maior atentado da história dos Estados Unidos depois do acontecimento de 2001.
          • 15 de julho de 2016: Atentado de Nice na França. Um caminhão atingiu a multidão que assistia a queima de fogos do feriado mais importante da França, Bastilha, deixando 84 mortos.

          Mediante a situação socioeconômica, e a exclusão social dos imigrantes nos Estados Unidos e países da Europa, pode-se concluir que muitos dos atentados terroristas estão sim ligados a essas situações, ou seja, é como se houvesse uma resposta do tipo: ’’Eu estou aqui!’’. Pode-se concluir também que eles agem dessa maneira com a finalidade de intimidar ou propagar um determinado caso ou situação. Talvez, esse caso ou situação não esteja relacionado somente com a situação socioeconômica e exclusão social deles nesses países, mas também tenha haver com fatores históricos com a Guerra do Afeganistão com Rússia. Outro fundamento que explica o aumento dos atentados terroristas é a questão do fundamentalismo religioso, onde eles acreditam estar vivendo uma guerra santa, ou seja, matam em nome Deus.

          Assim, é possível entender que são vários os fatores que levam o aumento desses atos terroristas, entretanto os que mais são levados em conta é a ideologia hipócrita da globalização, onde ela permite a circulação sem restrições de mercadoria, serviços e dinheiro e impede a livre circulação de indivíduos, o fundamentalismo religioso, a percepção que os Estados Unidos e países europeus têm de se achar superior a qualquer outra nação, e é claro a hipocrisia dos Estados Unidos de querer combater o terrorismo quando ele é o principal patrocinador do mesmo. Como diz Noam Chomsky em uma de suas frases: ‘’O melhor meio de os Estados Unidos combaterem o terrorismo é deixarem de ser um dos principais terroristas do mundo.’’ (Noam Chomsky)

          É importante fazer dois ressaltes:
Os emigrantes árabes que são submetidos a passar por situações deprimentes nos Estados Unidos e países europeus, só migram para lá, pois países do Golfo como: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Quatar, entre outros que são seus vizinhos, falando de maneira geográfica,cultural e religiosa não permitem a entrada desses emigrantes.
 Existe um consenso de que não há justificativa ética para o terrorismo. Sendo assim, por mais que exista multiplicas relações e fundamentos que levem a terrorismo, não existe uma justificativa para a concretização do ato.  

          No ano anterior, pelo menos, 700 pessoas foram feridas e 230 foram mortas devido a ataques terrorista na França. A França é um dos países que mais vem sofrendo atualmente por ações terroristas com ligações islâmicas. Há na França, pelo menos, 6 milhões de muçulmanos, vindo a ser o país da Europa com a maior comunidade muçulmana. Porém, o problema está na dificuldade que essa comunidade tem de se integrar na sociedade francesa, este problema já ocorre há décadas. Além de ser o país com a maior comunidade muçulmana, é também o país onde mais saem pessoas para aliar-se ao Estado Islâmico. Além deste problema ser um fator que contribui e explica as várias ações terroristas no país, outra razão são as recente ações militares contra o Estado Islâmico que vem ocorrendo na Síria e no Iraque.

          Segundo o primeiro-ministro, os ataques só vem ocorrendo por conta da laicidade que há no país. A lei da laicidade está em vigor no país desde 1905 e decreta a separação entre a igreja e o Estado. Sendo assim, a França não pode prestar serviços públicos para comunidades religiosas. Com base nessa lei, foi proibido o uso do véu islâmico, de símbolos religiosos nas escolas e rezas em grupos nas ruas; após o decreto dessas leis, o Estado Islâmico iniciou ameaças contra o país.

          Atacada duas vezes em 2015 pelo Estado Islâmico, a capital da França, Paris, foi a escolhida pelos terroristas para ser atacada. O governo acredita que esses terroristas podem ter chegado ao país pela rota dos imigrantes ao qual seria mais difícil de serem descobertos, porém, após os atentados os governantes resolveram dificultar a entrada desses imigrantes nas cidades da França. Em agosto de 2016, foi decidido que seria o fim do acampamento dos refugiados na França, que era localizado na cidade de Calais, e ea rejeição de milhares deles. A maior parte dos imigrantes são muçulmanos que vão em busca de melhores oportunidades de vida, sendo estes 10% da população.


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